Não adult(eremos) nossas crianças!

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
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Não adult(eremos) nossas crianças!

 

“Deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o reino do céu”

Criancinhas todos sabemos o que seja. Ou já não mais sabemos?

E reino do céu? Será que sabemos?! Nós adultos que vivemos da e para a aflição? Que não mais valorizamos o cultivo das virtudes? E que, por isso mesmo, nem  mais sabemos distinguir alívio de prazer? Ou pior, que passamos a considerar prazer aquilo que não passa de alívio?!

E se assim somos, como podemos ensinar diferentemente as nossas crianças?

Reino do céu não é apenas a vida após a morte. Ele começa aqui e foi para implantá-lo aqui que Cristo se fez homem e habitou entre nós. E suas principais características estão definidas por Ele no sermão da montanha, através da explicitação das bem-aventuranças. Bem-aventuranças tão mal compreendidas por este saber mecanicista-tecnocrático que tem ministros religiosos pregando “bem aventurados os pobres de espírito em vez de pobres em espíritoE em sendo assim, teriam que pregar também, e o fazem constantemente, bem aventurados os aflitos. E é, portanto, nesse reino da aflição e da pobreza de espírito que a maioria dos adultos tem feito as crianças entrar.

E aí enfraquecem, adult(eram) ou até mesmo matam o espírito de criança. São menininhas de 5 ou 6 anos usando batom, fortes perfumes, sapato alto e até desodorante! São menininhos de mesma idade  enfrentando os adultos e até com palavrões! E, seja menina ou menino, abrindo a boquinha cheia de dentes, alguns ainda de leite e, com o peito estofado e o nariz empinado, afirmando: “eu odeio isso ou aquilo!”

Definitivamente estamos impedindo nossas crianças de adentrar no reino do céu! Em especial e lamentavelmente durante o desenvolvimento de suas fases biológicas, em especial a oral, onde as temos sistematicamente castrado através da repressão ao seu paladar, com consequente valorização da gula, impedindo-as de reconhecer e conhecer o mundo do prazer. Pois é exatamente aí que podemos aprender o que é prazer para podermos distingui-lo do alívio. E na medida em que as estamos impedindo de descobrir o que é prazer, estamos lhes passando o essencial dessa cultura: alívio é prazer e não tem jeito de ser diferente. Ou por outra, só podemos produzir/reproduzir energia material humana mortal/negativa e buscar dela nos aliviar, dando a isso o nome de prazer. Com isso a vida passa a ser um fardo que temos de carregar até o alívio final, a morte. Nesse meio tempo vamos nos drogando com drogas lícitas ou não e, cada vez mais, castrando e adult(erando) nossas crianças!

Algo tem que ser feito para quebrarmos esse ciclo vicioso: adulto que não sabe o que é prazer ensinando crianças que alívio o é.

Inauguremos um ciclo virtuoso! Encaremos nossas limitações e passemos a cultivar o reino das virtudes. É nele que produzimos/reproduzimos a energia material humana vital/positiva que, fruída, nos dá a sensação do verdadeiro prazer e consequente satisfação e felicidade. Só assim poderemos iniciar um processo de recuperação do espírito de criança em nós e nos nossos filhos. E Aquele que pediu que deixemos as criancinhas ir a Ele cuidará do resto.

E voltaremos a poder desejar verdadeiramente um feliz dia das crianças!