Inhô Tutu x Jeca Tatu

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
O joelho da benzedeira de 105 anos
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Virtude
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Inhô Tutu x Jeca Tatu

Auto-regulação x hétero-regulação

A Sabedoria Popular ensinava o indivíduo a ser senhor de si mesmo: auto-regulação.

                                                                                                                        

1 – Jeca Tatu é da roça, quando pode vive com os pés no chão e seu saber é o da Sabedoria Popular
2 – Nhô Tutu é da cidade, vive calçado porque tem medo de por os pés no chão e seu saber é o dos livros

(1)   Jeca Tatu x  (2) Nhô Tutu

2 – Olá, Jeca, quanto tempo! Tá sumido…

1 – É que tenho tado bastante ocupado com os negócios lá da roça…

2 – Mas hoje à noite você está livre?

1 – Pro mode quê?

2 – É que vai ter uma festinha lá em casa e eu gostaria que você fosse para conhecer minha família.

1 – Até que eu já tinha um outro compromisso. Mas para conhecer sua família, eu abro mão dele e vou nessa sua festinha.

2 – Então, Jeca, já vou até lhe dar este comprimido para você poder aproveitar mais.

1 – Mas pra que esta droga?

2 – É para prevenir uma possível ressaca.

1 – Nemmm! Quero não. De jeito nenhum.

2 – Que bobagem! Ele é inofensivo. Nem efeito colateral tem. Pode tomar sem susto.

1 – Tomo não. Vai contra meus princípios.

2 – Princípio? Que que tem a ver?

1 – Nós da sabedoria popular sempre buscamos a auto-regulação.

2 – Auto-regulação! Que é isso, Jeca. Você agora virou intelectual?

1 – Primeiro, que intelectual todos nós somos, inclusive ocê. A diferença é pra quais valores nós usamos nossa intelecto. No meu caso, meu maior valor é a auto-regulação. Por isso não posso usar qualquer droga pra evitar uma ressaca. O certo é a gente beber enquanto a gente sentir prazer pra nunca ter essa tal da ressaca.

2 – Beber por prazer?! A gente bebe é pra ficar leve e corajoso!

1 – Isso eu já sou sem beber! È por isso que ocê precisa dessa droga. Certamente ocê não aprendeu a se controlar em nada. Seu controle não tá nocê. Ele vem de fora. De alguém, de alguma coisa ou de alguma lei. Por isso que o mundo tá cada vez mais violento e desumano, confundindo alívio com prazer. Vive só o alívio e chama de prazer!

2 – Não estou entendendo, mas mesmo assim discordo completamente. O que tem a ver meu engov com a violência no mundo?

1 – Sem auto-regulação só existe medo e violência. Ocês não agem por amor. Ocês vivem com medo doces mesmos. Não sabem lidar nem com as coisas nem com os outros. Sempre tem que ter algum controle que venha de fora.

2 – Afinal, você vai ou não na minha festinha?

1 – Claro que vou. Tou afim de conhecer sua família… Mas sem engov…