Viva o índio em nós!
Comemorar o dia do índio é, antes de tudo, tomar consciência do seu modo de vida. E a principal característica desse seu modo de vida é o respeito à natureza. Coisa que progressivamente nós, tidos como civilizados, vamos desaprendendo, a ponto de estarmos colocando em risco a sobrevivência de nosso planeta e de nossa espécie!
Nossos irmãos índios já foram classificados de selvagens, questionando-se até se eram seres que tivessem alma! Em razão disso, muitas chacinas se justificaram, com tribos e mais tribos sendo dizimadas, em nome do progresso e da “civilização”. Quando isso não acontecia pela barbárie das armas, aconteceu pela inoculação das chamadas doenças civilizatórias: febres, gripes, sinusites, doenças venérias e outras expressões da energia material humana negativa/mortal (EMH-), a marca registrada da civilização greco-judáica.
Seu respeito à natureza se sustentava numa visão de mundo que tinha sua centralidade na dimensão espiritual. Jamais negaram a dimensão da energia na matéria. Daí sua percepção sistêmica da realidade e seu modo de vida que se organizava, no presente, em função do coletivo e, no futuro, pensando até na sétima geração.
Comemorar o dia do índio, portanto, é muito mais que respeitá-los e as suas tradições. É, antes de tudo, tentar entendê-los e tirar de seu modo de vida as lições necessárias para que superemos nossa relação de agressão à natureza. Agressão não apenas à natureza do ambiente mas, sobretudo, à nossa própria natureza humana. Ou por outra, é superarmos nossa visão mecânica do mundo e de nós mesmos. É termos uma postura crítica diante deste racionalismo que nega a dimensão da energia na matéria. É buscarmos a construção de uma nova racionalidade. Aquela que faz dialogar o coração com a razão, conseguindo perceber o espírito das coisas e, principalmente, das pessoas.
A ela temos dado o nome de:
Racionalidade Mágica
Busco a racionalidade
que dialogue com a magia,
refletindo a verdade,
desfazendo a fantasia.
Repudio com firmeza,
em toda a sua extensão,
o racional de frieza
onde não cabe a emoção.
(…)
Neste novo racional
que trabalha a energia,
o plano espiritual
é o nosso maior guia.
O texto? É a natureza
de dentro e fora de nós.
O método é a pureza
de desfazer nossos nós.
Quero de novo a magia
e a fé que a contém
para que minha alegria
volte com ela também.
U’a magia racional
de bem com o mundo do além,
sustentando o emocional
de quem vive só o bem.