A mulher e sua referência

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
Disciplina UFMG: Por uma pedagogia do prazer
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Feliz Páscoa
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A mulher e sua referência

“E vivendo o calor da doçura que o faz, construindo o amor prum novo mundo de paz.”

Para tanto temos que superar a cultura patriarcal. E essa superação passa necessariamente pela recuperação da referência feminina em todas as áreas e, em especial, na sexualidade.

Só assim se faz possível a vivência do modelo da fusão genital, fonte da energia material humana vital/positiva que, sendo calorosa, perfumosa, oleosa e doce, é a matéria prima de todas as virtudes que potencializam nossa humanização, seja no plano individual, seja no planto coletivo.

A perda da referência sexual feminina inaugurou e tem sustentado o modelo da fissão genital, produtor/reprodutor da energia material humana mortal/negativa que, sendo fétida, frígida, seca e salamarga, torna-se a matéria prima de todos os nossos males e o principal combustível do patriarcalismo.

Para que a mulher deixe de ser objeto e passe a ser sujeito de sua história, exercendo o seu papel de protagonismo na evolução humana, é necessário que ela assuma a sua verdadeira feminilidade, que, no campo sexual, é o intumescimento e contração vaginal, base material da potência orgástica e de toda a vitalidade de seu ser.

Neste dia internacional da mulher, nosso MARF (movimento de afirmação da referência feminina) parabenizando-a pela sua incansável e histórica luta, dedica-lhe a seguinte poesofia:

REFERÊNCIA

em dó

é o orgulho

desafiando

desafinando

a melodia;

em ré

é das heranças

não liberto

só com o umbigo

sempre por perto;

em mi

se for eu mesmo

para que não tenha

que caminhar a esmo;

em fá

lá num discurso

que só falseia

o que na veia

é seu real;

em sol

que no céu brilha

mas que em nós

não é a trilha;

em lá

que não se sabe

se há ou se virá

pois é o escuro

de um futuro;

em si

que é presente

e se encontrou

pois em si

perscrutou

o Deus

que o criou.

 O ser só é

se sua referência

é em si

pois em sendo

essência

irradia

no dia-a-dia

a alegria

de sua fé

n´Aquele que é.

Afinado nesse tom

potencializa seus dons

crescendo em virtude

gerando sabedoria

para uma sinfonia

que o mundo mude.