24 – Manifesto da Educação da Lógica do Trabalho

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
23 – Oração da noite
02/04/2020
25 – Sem cor-ação
02/04/2020

A lógica do trabalho nos leva à busca de superação dos medos e isso se reflete em seus hábitos

MANIFESTO DA EDUCAÇÃO DA LÓGICA DO TRABALHO

                                               E DA

                            RACIONALIDADE MÁGICA                       

 

 

Este texto nasceu do incômodo de minha vivência como

coordenador do Seminário Legislativo “Educação – a hora da

chamada”, promovido pela Assembléia Legislativa de Minas

Gerais, em outubro de 1991.

Desafiado a formular um modelo de seminário mais

condizente com a realidade do legislativo, usei do setor da

educação como primeiro laboratório. Tendo trabalhado nessa área

já algum tempo, sentia-me mais seguro em começar por ela.

Por demandar o concurso de uma equipe de apoio numerosa

e oriunda de vários setores da burocracia, nem sempre tendo

condições de se oferecer um mínimo de treinamento, geralmente

atropelando os ritmos e procedimentos até então usuais, esse

primeiro seminário legislativo teve que enfrentar alguma

resistência interna da própria equipe, além da esperada resistência

e até boicote do restante da burocracia. Com apenas um esboço

de modelo na minha cabeça, não foi nada fácil desempenhar o

meu papel.

Além do mais, se ser oriundo da área me propiciava certa

segurança, essa mesma origem me deixava pouco à vontade. É

que já tinha bem claro para mim o papel do atual modelo de

educação na reprodução e ampliação da lógica do capital, e o

meu desejo de ver isso mudando.

Na qualidade de coordenador, cuja principal função era

encaminhar, o mais imparcialmente possível, toda a discussão

sobre as mais diversas opiniões, tive que fazer um constante

esforço para jamais emitir as minhas próprias. Ao mesmo tempo

que essa postura me proporcionava a credibilidade necessária

para conduzir com êxito todo o processo, criava em mim uma

grande angústia e um profundo sentimento de omissão.

Foi assim que decidi me expor sem prejuízo de minha

função. Pus no papel os objetivos que acreditava serem da

educação da lógica do trabalho, e que se contrapõem ao modelo

que aí está, e divulguei em paralelo o meu texto para os

participantes do seminário. Oficialmente, portanto, ele nunca

existiu. Como sei hoje que, oficialmente, o seu conteúdo

demandará algum tempo para ter sua existência incorporada.

Pelo valor que ele teve no meu processo de

amadurecimento da racionalidade mágica, optei por publicá-lo

aqui tal qual eu o havia divulgado no seminário legislativo, mesmo

sabendo estar sendo repetitivo em relação a algumas idéias, em

especial às contidas nos “pressupostos”.

 

 

“MANIFESTO DA EDUCAÇÃO” 10

do Novo mundo

para um mundo Novo

 

 

Quero uma educação que transmita e desenvolva conhecimentos

para:

não ter que andar de sapato

e pisar no chão com firmeza e desenvoltura;

não ter que escovar os dentes

e ter bom hálito e dentes bons;

não ter que tomar banho

e me sentir limpo e cheiroso;

não ter que usar roupa

e me sentir aquecido e à vontade;

não ter que comer isso ou aquilo

e me sentir saudável;

não ter que ser vacinado

e estar imunizado contra qualquer epidemia;

não ter que usar remédio

e me sentir sadio;

não ter que depender de médico

e saber lidar com meu cor po;

não ter que usar perfumes ou cosméticos

e sentir minha pele gostosa;

não ter que fazer ginástica

e me sentir forte e ágil;

não ter que sacrificar meu cor po

e ter pureza d’ alma;

não ter que me sentir fazendo esforço

e gozar em toda relação;

não ter que me anestesiar os sentidos

e saber enfrentar as dores que me forem impingidas;

não ter que, pelo medo, cultuar a morte

e viver intensamente a vida;

não ter que fazer seja lá o que for

e me sentir criativo em tudo que faça;

não ter que viver em função da quantidade

e encontrá-la na dimensão da qualidade;

não ter que me sentir senhor de pessoas ou coisas

e ser senhor de mim mesmo;

não ter que competir

e buscar a perfeição;

não acreditar que as Américas foram descobertas

e saber que foram invadidas como outros fatos históricos.

 

Pressupostos teóricos

 

Não existe bom hábito: todo comportamento impensado

(não recriado) é desmerecedor do ser humano.

O único produto marcadamente humano é o sentimento;

o resto é subproduto e/ou meio.

Até a «descoberta» do micróbio, o homem tentava cultuar

o macróbio.

Quem cultiva qualquer medo é impotente para o amor.

Enquanto parte imprescindível no processo de produção

do amor, a potência feminina é tão necessária quanto a masculina.

A base material do sentimento humano é a vivência do

desejo.

O desejo realizado propicia o amor; o desejo frustrado

(impotência) produz a inveja que se materializa no ódio.

O amor (potência ante o desejo) e a inveja (impotência

ante o desejo) produzem descargas energéticas com sinais

contrários: uma constrói e a outra destrói.

Tão ou mais importante que a pólvora no processo de

colonização(exploração x dominação) é e foi a disseminação de

doenças.

 

“APÓS 500 ANOS:

POR UMA EDUCAÇÃO NÃO-COLONIAL

 

Veja os hábitos que materializam a lógica do capital