E com ela eu vou…

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
Dedo no Nariz
02/04/2020
Encarando
02/04/2020

A morte pode ser uma boa conselheira se a encaramos de frente.

Os anos engatinham.

Os meses andam.

Os dias correm.

As horas voam.

O tempo passa,

e com ele eu vou…

 

O pinto pia.

O gato mia.

O mundo só gira.

O tempo dá o pira,

e com ele eu vou…

 

O cachorro late,

(Mas não o maltrate!)

tudo vai embora.

O tempo dá o fora,

e com ele eu vou…

 

Há muito sem nome

que vive com fome.

O rico mui come.

O tempo logo some,

e com ele eu vou…

 

Vai o tempo,

vai tudo.

Só resta o mundo

que já mandou meu avô

e atrás dele eu vou…

 

O tempo finda,

mas eu tenho ainda

a minha vida

que Deus me legou.

Ao encalço d’Ele eu vou…

 

Vou ao seu encalço,

mesmo descalço.

Pois, descalço ou calçado,

está o mundo minado

da foice e do machado

da morte que arrasa.

E com ela eu vou…

 

Vou com ela,

por ela e nela.

Só sei que

tudo acaba,

tudo morre,

o dia corre,

e vem a morte,

a última sorte,

e com ela eu vou…

 

 

G.Fábio Madureira – 1964