A Energia material humana determina todas as nossas relações e comportamentos. Sua fonte é a vivência sexual. Quanto mais essa vivência se aproxima do modelo natural de sexualidade, mais essa energia é positiva/vital. Mas a recíproca também é verdadeira, gerando-se a energia negativa/mortal. É essa a matéria prima de todos os males humanos, individuais ou coletivos, constituindo-se na base material das demais manifestações energéticas humanas: orgânicas, percepetivas, mecânicas, emocionais, cognitivas, intelectivas e espirituais.
Por isso, mais uma vez tem razão a Sabedoria Popular. E mais uma vez se expressa de uma forma concreta. É pela pele que o indivíduo mostra o quanto se ama… E se ele se ama o bastante – sua pele será calorosa, perfumosa, oleosa e doce, pois são essas as características da EMH positiva, a matéria prima do amor.
Mas se ele não se ama o bastante, ao contrário, tem é medo de se encarar, sua pele será cada vez mais seca, salamarga, frígida e fétida, pois são essas as características da EMH negativa/mortal. E não adiantam os cosméticos, perfumes e apetrechos mais. Podem até ajudar a enganar os outros. Mas só vão fazer com que a pessoa goste cada vez menos de si.
Como uma pessoa que não gosta de si próprio será capaz de gostar do outro?! E essa incapacidade tende a aumentar na medida em que a relação seja mais íntima. E se por hipótese essa relação venha a se consumar, tem toda a pinta de não ser duradoura. É que mais dia menos dia a máscara vai cair. E sua nudez de corpo e de alma levará certamente ao fim a tal sonhada relação.
Por isso a ONG SER em SI propõe um novo tipo de relação do indivíduo consigo mesmo. Não no sentido de aperfeiçoar as máscaras e fantasias. E sim no sentido de delas se desfazer, pois estará aprendendo a se relacionar consigo e com os outros a partir da dimensão da Energia Material Humana (EMH).
Na proporção em que vamos entendendo essa parte da realidade material, vamos aprendendo a nos livrar das cargas de energia negativa ou mortal, recebidas por herança ou por outras relações, e a não mais produzir ou reproduzir esse tipo de energia. Em resumo, vamos aprendendo a recuperar a nossa dimensão de sujeito/objeto de amor, porque vamos recuperando nossa capacidade de amar a nós mesmos. E a nossa pele dirá!
G. Fábio Madureira